Fim da dor de cabeça: Google e Apple criam método único para transferir dados entre celulares
Gigantes da tecnologia deixam rivalidade de lado e preparam ferramenta que promete migrar tudo, inclusive senhas de Wi-Fi e chips virtuais, sem precisar baixar aplicativos extras.
Carlos Valente, em Dezembro 18, 2025 | 92 visualizações | Tempo de leitura: 4 min - 619 palavras.
Fim da dor de cabeça: Google e Apple criam método único para transferir dados entre celulares
Se tem uma coisa que prende as pessoas ao seu celular atual não é apenas a marca ou a câmera, mas sim o medo de perder tudo ao trocar de sistema. Durante anos, sair de um iPhone para ir para um Android (ou o caminho inverso) foi uma tarefa para quem tinha paciência de sobra.
Mas, ao que tudo indica, os muros estão caindo. Informações confirmadas neste mês de dezembro de 2025 apontam que as duas maiores rivais da tecnologia, Apple e Google, estão colaborando para criar um padrão universal de migração de dados. Vamos explicar o que isso significa para o seu bolso e para a sua paz de espírito.
O problema atual: por que é tão difícil trocar?
Hoje, se você compra um aparelho novo com sistema diferente do antigo, precisa baixar aplicativos específicos, como o "Move to iOS" ou o "Switch to Android". O problema é que esses apps muitas vezes são lentos, falham no meio do processo ou deixam coisas importantes para trás.
Muitas vezes, o usuário descobre tarde demais que perdeu o histórico daquelas conversas importantes, as senhas das redes Wi-Fi da casa e do trabalho, ou até mesmo a configuração do seu chip digital (eSIM).
Como vai funcionar o novo método?
A grande novidade é a integração nativa. Isso é um termo técnico para dizer que a ferramenta já virá instalada dentro do próprio sistema do celular, sem que você precise ir até a loja de aplicativos baixar nada.
O processo deve funcionar assim:
- Ao ligar o celular novo, ele perguntará se você quer trazer dados de outro aparelho.
- Você aproxima o celular antigo.
- Os dois aparelhos criam uma conexão direta e segura (provavelmente via Wi-Fi, que é muito mais rápido que Bluetooth).
- A transferência começa automaticamente.
O que será transferido?
A promessa dessa parceria é fazer uma cópia quase perfeita do seu telefone antigo. Além do básico (fotos, vídeos, contatos e agenda), o novo sistema deve ser capaz de migrar dados que hoje são perdidos, como:
- Credenciais de Wi-Fi: Você não precisará digitar a senha da internet novamente.
- eSIM (Chip Virtual): Seu número de telefone será transferido digitalmente, sem precisar ir à operadora.
- Organização de Apps: A tentativa de manter seus aplicativos na mesma ordem que você usava.
- Histórico de Chamadas e Mensagens: De forma mais completa e detalhada.
Por que isso está acontecendo agora?
Não é apenas bondade das empresas. A União Europeia aprovou leis rígidas (chamadas de DMA) que obrigam as grandes empresas de tecnologia a facilitarem a vida do usuário, permitindo que ele tenha liberdade para trocar de serviço sem perder seus dados pessoais.
Quando chega para nós?
A funcionalidade já começou a aparecer em versões de teste (que chamamos de versões "Beta" ou "Canary") do Android agora no final de 2025. A expectativa é que, ao longo de 2026, tanto a Apple (em futuras atualizações do iOS) quanto o Google liberem isso para todos os usuários.
Para o consumidor, a vitória é a liberdade. Com a facilidade de levar sua "vida digital" de um lado para o outro, você poderá escolher seu próximo celular baseando-se apenas no que ele oferece de melhor, sem o medo de ficar preso a uma única marca para sempre.